Irã diz que filme com Rodrigo Santoro é 'insulto' à civilização

Xiiiiii....
Eu sabia que isso ia dar rolo. Eu jurei que não ia tocar nesse assunto. Mas não me aguento. rs
Estava me segurando basicamente porque meu noivo é um entusiasta de 300 de Esparta. Passei um bom tempo tentando convencê-lo [por A + B - ele é mais teimoso que eu!] que 300 de Frank Miller pouco tinha de histórico. Alias, essa sempre foi a minha bronca com a hq: O fato da maioria do fãs de Miller a considerarem uma 'aula' de história. O mesmo ocorre com sua adaptação para as telas. O filme como arte, é lindo. Esteticamente inovador [tirando as várias 'homenagens' aos épicos de Ridley Scott]. Emocionante [eu chorei, só prá variar]. O elenco é 10. Trilha Sonora 10. Adaptação perfeita. Mesmo assim, ele me perturbou. E não foi o visual burlesco nem a carnificina. Havia algo nele que eu não estava gostando. Esse 'algo' resultou no assunto da matéria abaixo. 300 é um filme militar. Direitão. Positivista até a raiz dos cabelos. Só para citar o quanto, a história da Batalha das Termópilas é adorada pelos Republicanos [ao lado de O Cerco ao Forte Álamo]. Ai vocês já tão sacando aonde quero chegar. Os iranianos tem toda a razão de estarem putos [com o perdão da palavra]. Acho que o sonho do Bush era que seus soldados no Iraque fossem tão valorosos quanto Leônidas e cia. Seria um massacre de iraquianos [mais do que já é]. Um bela limpeza étnica. Maravilha. Quem sabe usando o filme para fazer lavagem cerebral nos caras ele consiga derrotar o poderoso império Persa. Sonha, Bush, Sonha!
Rodrigo Santoro
Rodrigo Santoro interpreta o imperador persa Xerxes
O governo do Irã fez duras críticas ao filme 300, em que o ator Rodrigo Santoro interpreta o imperador persa Xerxes, e afirmou que o longa é um ataque à cultura iraniana.

O filme, que quebrou o recorde de bilheteria no mês de março nos Estados Unidos, é baseado na graphic novel de Frank Miller que reconta a batalha de Termópilas, liderada pelo guerreiro espartano Leônidas e 300 dos melhores guerreiros de Esparta contra o exército gigantesco do imperador Xerxes, da Pérsia.

Javad Shamqadri, conselheiro cultural do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, disse que o filme é uma "guerra psicológica" contra Teerã e seu povo, mas a cultura iraniana é forte o bastante para agüentar o ataque.

"Autoridades culturais americanas pensaram que poderiam ter satisfação mental saqueando o passado histórico do Irã e insultando esta civilização", afirmou o conselheiro.

"Depois da Revolução Islâmica no Irã, Hollywood e autoridades culturais dos Estados Unidos iniciaram estudos para descobrir como atacar a cultura iraniana. Certamente, este filme é produto destes estudos", acrescentou.

'Guerra'

As críticas ao filme também ganharam espaço na imprensa iraniana. "Hollywood declara guerra aos iranianos", afirmou a manchete do jornal Ayandeh-No.

De acordo com a publicação, o filme "tenta dizer às pessoas que o Irã, que agora está no Eixo do Mal, é a fonte do mal há muito tempo e os ancestrais dos iranianos modernos são selvagens feios e estúpidos como os mostrados em 300".

Três membros do Parlamento iraniano também escreveram ao Ministério do Exterior para protestar contra a produção e exibição do que chamaram de "filme de Hollywood anti-Irã".

O longa já é um sucesso nos Estados Unidos, onde arrecadou quase US$ 71 milhões em seu primeiro final de semana de exibição. No Brasil, o filme deve estrear no dia 30 de março.

Esta não é a primeira vez que o Irã protesta contra um longa de Hollywood.

Em 2004, houve escândalo no Irã devido ao épico Alexandre, dirigido por Oliver Stone, que mostrou o general da Macedônia conquistando facilmente o império persa.

Fonte: BBC

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