Sem Gene, Fêmea de Roedor 'Vira' Macho

Ai...ai..ai...ai....ai...ai...ai
Pobres ratinhos. :(
Essa mania do homem de bancar deus [seja ele qual for] me dá nos nervos. Brincar com a vida alheia, destruir, torturar em nome da 'ciência' e da 'medicina' quando não por motivos bem menos nobres.

Em concordo plenamente com aqueles que dizem que a maior crise atual não é ecológica nem política ou econômica mas sim, ética. A falta da ética desencadeia as crises nos outros setores. Torturar animais indefesos é falta de ética. Vaiar um presidente em um evento esportivo é falta de ética. Pacientes esperarem seis meses por uma quimioterapia é falta de ética. O governo impor o seu próprio 'modelo' de conduta também é falta de ética. E assim por diante. Quando não se respeita o outro automaticamente não se pode exigir que os outros o respeitem.
O que vemos hoje é um processo total de alienação. O individuo simplesmente 'elimina' o 'outro' de sua convivência [a internet contribui muito para isso] e assim 'dispensa' a necessidade de ouvir suas críticas, abdicando não só do seu dever para com a sociedade, mas consigo mesmo, porque é através do convívio social que evoluimos como seres humanos. É conhecendo o 'outro' que conhecemos a nós mesmo.

Existe um ditado que eu amo diz tudo a esse respeito. Não lembro o autor. Falha minha.

"Nada sei sobre o vida do mosquito que mato indiferente na parede, mas desconfio que era a única que ele tinha."

Profundo, não?

Os caminhos que as coisas tem tomado não só no Brasil, mas em todo o mundo, tem me assustado bastante. :(

Eu me pergunto aonde uma pesquisa como essa pode levar.
Comunidade gay, melhor ficar antenada. A eugenia anda muito em 'voga' hoje em dia querendo botar as unhinhas de fora.

Falta de DNA que permite 'compreender' feromônios fez roedora mudar comportamento. Pesquisa sugere que comportamento sexual pode ser muito maleável.

"Ela só pode ser maluca", diria o camundongo se soubesse falar. Afinal, logo depois de entrar numa gaiola onde estava uma fêmea de sua espécie, o roedor foi surpreendido pela tentativa desesperada da "moça" de copular com ele. Penetrando-o. (Veja o vídeo ao lado, na qual a fêmea é o camundongo cinzento e o macho, o negro.)

O caso bizarro se repetiu várias vezes num laboratório da Universidade

Harvard, nos Estados Unidos, onde roedoras modificadas geneticamente por pesquisadores comportam-se exatamente como um macho do ponto de vista sexual. E sem fazer distinções de gênero entre os parceiros: fêmea ou macho, todo e qualquer camundongo era alvo das tentativas de penetração delas.

A modificação genética em questão torna inoperante o órgão vomeronasal, um pedacinho de tecido nervoso das narinas dos bichos que capta substâncias conhecidas como feromônios. Os feromônios são mensageiros químicos que chegam ao nariz e mandam para o cérebro dados sobre a posição social e reprodutiva dos membros de uma espécie, ajudando a guiar, por exemplo, a hierarquia do bando e o acasalamento.

Por algum motivo que ainda precisa ser esclarecido, as roedoras geneticamente alteradas, ao perder a capacidade de captar ferômonios, parecem perder os comandos neurológicos que normalmente as fazem se comportar como fêmeas, enquanto seu "lado masculino" assume o comando. E a modificação não precisa ser genética: fêmeas que cresceram normais, mas que tiveram seu órgão vomeronasal extirpado por uma cirurgia, também viraram "machões" no experimento.

"No mínimo, nossos achados devem ajudar a repensar toda a questão do dimorfismo sexual da organização do cérebro e do comportamento", declarou ao G1 a francesa Catherine Dulac, coordenadora do estudo, que deve sair em breve na revista científica "Nature".

Mães desnaturadas

Na pesquisa, Dulac e seus colegas compararam o comportamento das fêmeas geneticamente alteradas ou com seus detectores de feromônios arrancados com o de fêmeas normais. O mais impressionante é a variedade de comportamentos especificamente masculinos que uma modificação tão simples foi capaz de operar.

As fêmeas alteradas, por exemplo, passaram a realizar os rituais de acasalamento típicos dos machos de sua espécie, como erguer o traseiro das outras fêmeas com a ponta do focinho ou soltar a voz em uma espécie de canção ultra-sônica, parecida com a dos pássaros e inaudível para nós.

Mas elas também partiam para os finalmentes. Elas não só montavam tanto fêmeas quanto machos como faziam movimentos de penetração mesmo sem estar "equipadas" fisiologicamente para o ato. Mesmo assim, alguns machos conseguiram engravidá-las. "Eles perseguiam essas fêmeas de forma mais agressiva, até conseguir", conta Dulac. Elas, no entanto, mostraram-se mães desnaturadas, passando pouco tempo junto dos filhotes.

Aparentemente, o cérebro das roedoras tem dois sistemas sociais e sexuais, um dormente (o de macho) e o outro ativo (o de fêmea). A perda da sinalização dos feromônios teria feito com que o sistema dormente viesse à tona.

O que isso significa para humanos e outros mamíferos? Até onde sabemos, o nosso órgão vomeronasal é inativo. Mas o comportamento masculino ou feminino em nós também é determinado pelos mecanismos cerebrais. "Os roedores são guiados pelo olfato, enquanto os primatas superiores são principalmente visuais -- daí a pornografia!", diz Dulac. "Portanto, os sistemas sensoriais provavelmente são muito diferentes de uma espécie para outra. Mas, em relação aos circuitos centrais do cérebro, ainda sei tanto quanto você se isso vai ter algo a ver com os seres humanos."

Fonte: G1

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3 Comentários

  1. Os experimentos com seres vivos são sempre polêmicos, ainda mais com objetivos duvidosos como este, não vejo nenhum ganho ou resultado útil vindo destes trabalhos. Porém, como cientista, devo considerar o "beneficio da duvida", provavelmente se este pessoal olhasse superficialmente meu trabalho poderia chegar a mesma conclusão.

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  2. Oi Iawand. Sabe, eu jamais faria isso com um animal, mas entendo que às vezes é necessário. O que me preocupa são os requintes de crueldade e falta de ética de muitos 'ditos' cientistas. Acho que devemos é devemos é desenvolver outros métodos sempre que possíveis e abolir essas práticas brutais. Muitos fazem esse tipo de coisa por puro sadismo e comodismo. :(

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  3. Os experimentos com seres vivos são sempre polêmicos, ainda mais com objetivos duvidosos como este, não vejo nenhum ganho ou resultado útil vindo destes trabalhos. Porém, como cientista, devo considerar o "beneficio da duvida", provavelmente se este pessoal olhasse superficialmente meu trabalho poderia chegar a mesma conclusão.

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