Roma Descarta Privatizar o Coliseu

Boatos sobre uma eventual venda do Coliseu surgiram após o financiamento da restauração do monumento histórico ter sido dado a uma empresa de calçados.

As autoridades de Roma negaram hoje que a entrega do financiamento da restauração do Coliseu, estimada em cerca de R$ 57 milhões (25 milhões de euros), a um grupo de calçados tenha a intenção de "vender" o monumento ou de que haja um processo de "privatização" desse espaço.

O responsável pelas Áreas Arqueológicas de Roma, Roberto Cecchi, disse ao jornal italiano Il Messaggero que "o que temos feito é atrair fundos privados para proteger nosso patrimônio histórico". Ele recordou que o empresário Diego Della Valle não recebeu "nenhuma vantagem" e que está "somente responsável pela restauração".

Cecchi, no entanto, admitiu que o empresário "poderá colocar o logo de sua marca na parte posterior dos ingressos [de entrada] do Coliseu" ou impulsionar a partir deste trabalho uma campanha publicitária.

O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, fez declarações similares, definindo como "um milagre" o fato de terem conseguido obter financiamento neste processo de restauração, já que o local histórico se encontra em condições que "são uma vergonha para a humanidade". 

Ele confirmou que, durante a reforma, "não existirá publicidade nenhuma na fachada do monumento" e que a empresa do financiador não utilizará o local "com objetivos publicitários".

O empresário Della Valle, que há algumas semanas atrás assinou um contrato de nove páginas com o Ministério de Bens Culturais da Itália, afirmou que quer “utilizar da melhor maneira possível o Coliseu".

Uma das cláusulas destaca que ele poderá ter informações sobre o andamento do trabalho cuja responsabilidade está inteiramente sob responsabilidade do ministério.

R7