Livro usado pelo MEC ensina aluno a falar errado

Image634412199484286199Livro didático de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina aluno do ensino fundamental a usar a “norma popular da língua portuguesa”.

O volume Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, mostra ao aluno que não há necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância. Os autores usam a frase “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” para exemplificar que, na variedade popular, só “o fato de haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Em um outro exemplo, os autores mostram que não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”.

Ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva. E destacam em um dos trechos do livro: “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas”.

E mais: segundo os autores, o estudante pode correr o risco “de ser vítima de preconceito linguístico” caso não use a norma culta. O livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático.

Atualizado às 16h20: Em entrevista ao iG, uma das autoras do livro, a professora Heloísa Ramos, declarou que a intenção era deixar aluno à vontade por conhecer apenas a linguagem popular e não ensinar errado.

iG

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5 Comentários

  1. Edna Viana Leite5/17/2011 1:22 PM

     E qual a sua opinião sobre isso?

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  2.  Vi as reportagens sobre o assunto, vi a entrevista da autora do livro e, ainda assim, considero um absurdo o conteúdo explicitado na obra. 
    Se o objetivo é não constranger o aluno de EJA dizendo que ele não fala adequadamente, não é no livro direcionado a este próprio aluno que deve estar a indicação. A orientação deve ser dada no livro do mestre, aos professores. 
    O livro tenta minimizar a questão advertindo o aluno que de, embora possa falar 'Os livro...', poderão sofrer discriminação linguística. Ou seja, meu filho, você pode continuar falando errado, mas vão te chamar de pobre analfabeto. Isso é um absurdo!!!! As pessoas têm, sim, que aprender e tentar falar da maneira correta.
    Imaginem se um aluno que aprendem sob orientação desse livro fala de maneira incorreta em uma entrevista de emprego.

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  3. Olá Edna.
    Respondendo sua pergunta. Minha opinião é basicamente a mesma do Calango. Como dizemos por aqui isso é o 'fim da picada'.

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  4. Dante Ignacchitti5/21/2011 8:38 PM

    Ossêis para de gozá di mim! ieu faluaçim deisquinassi, i ocêis num vão miobrigá a falá igual a burguêis, puirquê ieu num vô! ieu tenho meus direitu! Cumigo é na lei ô na marra! Oçeis num sabi doncovim, oncotô nem proncovô! ieu sô inguinorante? Um profeçô falô cumigo quieu poss´prosseçá ocêis, pur discriminaçã! Tão mangano di mim? Amanhã ieu poss´casá cua fia di oçêis, e aí, vão ingeitá os netim qui nóis vão fazê?! ieu processoçêis 

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  5. É verdade, eu sinto muito pelo alunos da rede pública de ensino, porque na prática isso só ocorre na rede pública, enquanto os alunos da rede particular de ensino estão aprendendo a forma correta, a gramática atualizada, e certamente terão as melhores chances de emprego. Para mim nada mais é do que facilitar a vida de muita gente responsável pelo nosso ensino, e mais uma forma de aumentar as estatísticas, que para eles (Governantes e Cia) valem muito.

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