Novo estudo mostra que Caravaggio fez versão anterior de Medusa

Do hábito de assistir a execuções públicas em Roma, Caravaggio desenvolveu sua habilidade assombrosa para retratar cabeças decepadas.

Mas uma nova decapitada tem roubado a cena desde que foi anunciada na semana passada na Itália. Aquilo que pensavam ser uma cópia da célebre Medusa que o artista pintou sobre um escudo é, na verdade, a primeira versão, também dele, da obra que hoje está em Florença.

A informação é do repórter Silas Martí e está publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Na Galleria degli Uffizi, na cidade que foi epicentro do Renascimento, o rosto desesperado da mulher de cabelos de serpente sempre foi um sucesso de público, estando entre as 25 obras mais importantes do palácio onde mora também a Vênus de Botticelli.

Agora, especialistas debatem o impacto da versão recém-descoberta. Enquanto o escudo do Uffizi data de 1600, dez anos antes da morte de Caravaggio, aos 38 anos, a nova Medusa é de 1596.

Ao contrário da Medusa conhecida até hoje, a primeira versão esconde por baixo da pintura um raro desenho preparatório do artista --Caravaggio, que pertencia à escola veneziana de pintura, não costumava fazer esboços e pintava direto sobre a tela.

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Folha

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