Governo admite aumento na conta de luz caso não chova o suficiente

Governo admite aumento na conta de luz caso não chova o suficiente

A represa de Corumbá 4, a 130 quilômetros de Brasília, é um retrato da situação das usinas do Centro-Oeste e do Sudeste. Opera com apenas 20% da capacidade total. Em Furnas, em Minas Gerais, a situação é ainda pior: o reservatório está com apenas 12% do volume.

Responsáveis por 70% da capacidade de produção de energia hidrelétrica no país, os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão cada vez mais vazias.  Por causa disso, o governo conta com as chuvas. "Nós já temos chuvas por toda parte do Brasil. Portanto, os nossos reservatórios, que estão com alguma dificuldade hoje, a tendência é melhorar daqui para a frente", diz o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.

O governo manteve nesta quarta-feira (9) a decisão de continuar usando as usinas térmicas para reforçar os estoques de energia. O custo das térmicas é maior do que o das hidrelétricas.

Se os reservatórios continuarem baixos e se as térmicas forem usadas durante todo o ano, o Ministério de Minas e Energia prevê que a conta de luz no ano vai ficar mais cara, entre 2% e 3% na tarifa.

Para este ano, porém, o ministro de Minas e Energia confirmou o desconto médio de 20% na conta de luz a partir de fevereiro. Nesta quarta-feira, na reunião do setor elétrico, o governo voltou a descartar o risco de desabastecimento de energia, mas reconheceu que estão atrasadas as obras de usinas e linhas de transmissão, programadas para reforçar os estoques de energia.

"Tivemos, por exemplo, atrasos nas usinas de Jirau e Santo Antônio, obras foram suspensas inúmeras vezes por decisões judiciais, por questões indígenas, mas esse atraso não compromete a segurança energética do país", diz o ministro Edison Lobão.






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