História do circo é contada em exposição no centro de São Paulo

26/01/2013 - 00h01

ALICE AGNELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Hoje tem marmelada? Tem sim, senhor! Assim começavam os espetáculos de circo, para um público pra lá do que respeitável. "Agora são tantas opções de lazer que ele se perde um pouco, mas o encanto permanece", conta Roberta Castro, instrutora cultural do Centro de Memória do Circo.

A entrada pela Galeria Olido surpreende de tão colorida. Uma maquete, feita pelo circense Mestre Maranhão, preenche quase todo o espaço da sala dedicada às artes do circo. No total, são sete: aéreos, acrobacia, equilibrismo, malabares, animais, música e ilusionismo/teatralidade. 

Na sobreloja, que deve ser acessada por outro lado da Galeria, há uma linha do tempo com fatos históricos do picadeiro, de 1830 aos anos 2000. No final, um vídeo mostra cenas de espetáculos atuais.

Os palhaços que se destacaram no Brasil, como Arrelia, Piolin, Oscarito, Torresmo e Picolino, também são homenageados nos painéis que cobrem a sala.

Puxando uma cordinha, abre-se a cortina que revela tesouros do circo: os figurinos de uma bailarina, um palhaço, um mágico, um malabarista, um equilibrista e até Picolino.

Entrando embaixo de um cilindro, encontra-se o tapete de prego de um faquir. O relógio do palhaço Torresmo e sanfonas são outros objetos da exposição. O mais antigo é o cinturão de Juanita Pereira (1849 - 1892), famosa por ter a menor cintura do mundo.

Outra maquete mostra o cotidiano do circo, com pessoas pintando a lona e palhaço se maquiando. Yuri Barreto, 4, que passeava pelo museu com sua mãe, gostou tanto do palhaço de perna-de-pau que até desenhou um no final da exposição.

HISTÓRIA

Não é por acaso que o memorial está no centro da cidade, em frente ao Largo do Paissandu. Ali era onde se reuniam os artistas no início do século 20. O local exato era um café, hoje com toldo verde, que é reproduzido em menor escala dentro do museu.

ANOTE NA AGENDA

Centro de Memória do Circo
ONDE: av. São João, 473 (Galeria Olido; tel 0/xx/11 3397-0177)
QUANDO: seg. a sex., das 10h às 20h (fechado às terças); sáb., dom. e feriados, das 13h às 20h
QUANTO: grátis




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