Londres cogita vetar circulação de veículos poluentes


Londres - Grupos ambientalistas do Reino Unido receberam com bons olhos nesta quinta-feira uma inusitada proposta da prefeitura Londres, a qual deseja proibir a circulação de veículos poluentes no centro da cidade a partir de 2020, mas lamentaram que o projeto tenha sido colocado "a longo prazo".

O prefeito de Londres, o conservador Boris Johnson, anunciou ontem que em um período de sete anos quer que as ruas do centro da capital britânica se transformem em uma área de "baixas emissões".

"O ano 2020 ainda está distante. Londres tem que tomar medidas urgentes e decididas para reduzir também os níveis de trânsito", opinou nesta quinta Jenny Bates, ativista da organização britânica "Friends of the Earth".

Já a representante do Partido Verde no conselho municipal de Londres, Jenny Jones, afirmou que a proposta de permitir que apenas os veículos híbridos e elétricos circulem pelo centro da capital britânica é uma "notícia excelente".

Apesar de ter elogiado a iniciativa, Jenny ressaltou que o projeto é "tão a longo prazo" que "deverá se tornar realidade somente no próximo mandato" e, por isso, considerou que Boris Johnson estaria "evitando enfrentar os problemas que a cidade tem".

Atualmente, Londres cobra uma taxa de 10 libras por dia para os veículos que circulam na chamada "zona de congestão", que abrange grande parte do centro da cidade, entre 7h30 e 19h, de segunda a sexta-feira.

No entanto, para intensificar esse plano, as autoridades da cidade preparam um plano para transformar essa zona já delimitada, pela qual circulam mais de 150 mil veículos por dia, em uma área sem poluição.

Como parte desse projeto, o prefeito anunciou que Londres incorporará 600 novos ônibus híbridos, que combinam um motor de gasolina com um elétrico. Além disso, a prefeitura também confirmou sua intenção de substituir os táxis da cidade por veículos elétricos até 2020.

O orçamento para esse plano de transporte gira em torno de 23,2 milhões de euro durante a próxima década, apesar do Consistório só ter reservado 2,32 milhões de euro como investimento imediato.

"Minha intenção é fazer com que praticamente todos os veículos que circulem em horário laboral sejam de baixas emissões. Isto suporá um benefício incrível em relação à qualidade do ar", afirmou Johnson.




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