Durante a vida, Bradubry vendeu mais de oito milhões de cópias de seus livros em 36 idiomas. Entre eles estão os contos "Crônicas marcianas", "Uma Sombra Passou por aqui", “The Golden Apples of the Sun” e os romances “Fahrenheit 451” e “Something Wicked This Way Comes”.
Bradbury vendeu sua primeira história para uma revista chamada "Super Science Stores" antes de completar 21 anos. Aos 30 já havia criado uma reputação com as "Crônicas marcianas", uma coleção de contos publicados nos anos 1950 nos quais questionava a moralidade do mundo durante a Guerra Fria, usando eventos em outro planeta para comentar a vida na Terra.
Ele se referia a si mesmo com uma "escritor de ideias", para se diferenciar dos eruditos e acadêmicos.
"Eu me divirto com ideias; brinco com elas", dizia, "Não sou uma pessoa séria e não gosto de pessoas sérias. Não me vejo como um filósofo, isso é muito tedioso. Meu objetivo é entreter as pessoas."
O escritor descrevia seu método de trabalho como "associação de palavras", muitas vezes desencadeada por um trecho de poesia. Sua paixão pelos livros foi expressa no romance distópico “Fahrenheit 451”, publicado em 1953.
Mas ele buscava inspiração em sua infância em Illinois. Bradbury se gabava de ter lembranças perfeitas de seus primeiros anos de vida. Os leitores não tinham motivo para duvidar. Em suas melhores histórias e em sua autobiografia, o escritor dava voz às alegrias e medos da infância.
Raymond Douglas Bradbury nasceu em 22 de agosto de 1920, em Waukegan, Illinios. Seu pai, que trabalhava na empresa de energia elétrica da pequena cidade, contava entre seus ancestrais uma mulher julgava como bruxa em Salem.
A criança pouco atlética que sofria com pesadelos, encontrava conforto nas histórias dos irmãos Grimmm e do mágico de Oz, que sua mãe lia. Uma tia, Neva Bradbury, o levou para suas primeiras peças de teatro, o vestia de monstro no Dia das Bruxas e apresentou histórias de Edgar Allan Poe.
Eventualmente o menino descobriu as revistas de ficção científica e começou a colecionar quadrinhos de Buck Rogers e Flash Gordon. Uma conversa com um mágico chamado Mr. Electrico sobre o tema da mortalidade gerou no garoto de 12 anos o ímpeto de se tornar escritor.
O Globo
1 Comentários
Lá se vai outro grande escritor, comparável ao Isaac Asimov e Arthur C. Clarke ! TEnho o livro "As crônicas Marcianas" e vou inclusive relê-lo, nos fazem pensar na vida, nos relacionamentos, na tecnologia...
ResponderExcluir