Vou dizer uma coisa para vocês. Estes tempos 'politicamente' corretos tem me dado nos nervos. Será que as pessoas não percebem o perigo nesse tipo de postura? Quando você censura algo em nome da 'moral' e dos 'bons costumes'? Eu já vi esse tipo de coisa antes. Será que ninguém mais sabe contextualizar as coisas em seu tempo e espaço? Não é por nada não, mas se for assim, vamos censurar a bíblia! O que não falta lá é postura policamente incorreta. Vamos retirar Monteiro Lobato das prateleiras também, afinal a tia Anastácia é uma 'preta de alma branca'. E o que dizer de um dos maiores bestsellers do mundo? O épico O Senhor dos Anéis onde os 'sulistas' são descritos como tendo pele escura e linguas vermelhas? Além é claro, de serem do 'mal' por lutarem ao lado de Sauron. Isso faz de Tolkien um racista? Qualquer um que tenha lido algo sobre a vida do velhinho cachimbeiro sabe que ele era absolutamante contra qualquer forma de discriminação racial. Tolkien apenas refletiu em sua obra a forma de pensar de sua época. É tão difícil explicar isso as crianças hoje em dia? Na minha casa meus pais tinham algumas coleções de livros. Entre eles, O Tesouro da Juventude, que pertencera ao meu pai quando era jovem. Eu adorava aqueles livros. E as histórias e as lendas que lá estavam. Sempre soube que elas pertenciam a outro tempo, a outro contexto histórico. Sei lá como...rs Talvez porque minha mãe [e professora] tenha sido muito hábil em me ensinar a forma correta de ler aquelas histórias.
Parece que não é só aqui no Brasil que a cultura vai mal. :(
Aventura no Congo do ícone belga já provoca polêmica desde os anos 40
13/07/2007Érico Assis
Segundo o jornal Daily Telegraph, a organização inglesa Comission for Racial Equality (Comissão pela Igualdade Racial) solicitou à rede de livrarias Borders que retire das suas estantes o álbum Tintim no Congo, clássico em quadrinhos do belga Hergé. A organização alega que o livro é racista na sua representação dos personagens africanos.
"Este livro contém imagens e palavras de terrível preconceito racial, onde os 'nativos selvagens' se parecem com macacos e falam como imbecis", disse uma representante da organização.
Tintim no Congo já tem uma história de controvérsia. É o segundo álbum do personagem, lançado em 1931, quando o Congo ainda era colônia da Bélgica. Na republicação de 1946, Hergé reduziu o número de páginas e tirou as referências ao colonialismo. Mas seus desenhos politicamente incorretos dos congoneses - bem como uma cena em que Tintim mata um rinoceronte - continuaram irritando os seus críticos. O álbum foi, inclusive, um dos poucos que demoraram para ser traduzidos para outros idiomas - só ganhou versão em inglês, a cores, por exemplo, em 2005.
A defesa histórica de Hergé (falecido em 1983) é que ele estava escrevendo e desenhando de acordo com o pensamento da época quanto aos africanos.
A Comission for Racial Equality rebate que "sim, ele foi escrito há muito tempo, mas isso não o torna aceitável. Isto tem o potencial de ser altamente ofensivo para um grande número de pessoas. É inconcebível que na época em que vivemos a Borders considere aceitável vender e apresentar Tintim no Congo".
Em resposta, a livraria disse que transferiu o álbum da seção infantil para a de graphic novels adultas.
Fonte: Omelete
1 Comentários
Legal. Vamos tbm divulgar textos e propaganda nazistas. Desde que sejam as originais da época, é claro!!!!! É só ensinar os jovens a contextualização histórica e essa idéias não irão resurgir com roupagens novas como acontece com os neo-nazistas, por exemplo.
ResponderExcluirTudo em nome da democracia, liberdade incondicional e do medo da censura.
Um bjo.