Sérvio decide amputar mão e substituí-la por prótese mecânica

Image634415185702692659O sérvio Milo perdeu os movimentos do braço direito em um acidente de motocicleta dez anos atrás. Cirurgias conseguiram recuperar o braço parcialmente, mas sua mão ainda é incapaz de fazer movimentos básicos.

Por causa disso, ele optou por amputar a mão disfuncional, para colocar uma prótese mecânica em seu lugar.

Milo, 26, diz que a solução de amputar a mão é a melhor que pode imaginar, depois de viver uma década com uma mão deficiente.

A cirurgia está sendo oferecida pelo cirurgião austríaco Oskar Aszmann, da Universidade Médica de Viena, que a descreve como uma "reconstrução biônica".

BBC

Sérvio de 26 anos disse que decisão de amputar a própria mão é a melhor que pode imaginar

Aszmann diz que a ideia de dar uma mão artificial ao paciente veio depois de observar suas dificuldades após tantos anos de convívio com problemas da falta de movimento.

O repórter da BBC Neil Bowdler explica que, apesar dos recentes avanços na ciência dos membros biônicos, mesmo algumas próteses de ponta ainda têm limitações de movimentos.

Já nova geração de mãos biônicas oferece mais flexibilidade e é capaz até mesmo de girar a partir do pulso.

IMPULSOS CEREBRAIS

A prótese mecânica funciona captando os mesmos impulsos cerebrais que controlariam a mão natural. Os sinais são detectados através de sensores dentro da prótese.

Em 2010, um jovem chamado Patrick, de 24 anos, foi a primeira pessoa no mundo a escolher a troca por uma mão biônica, também em Viena.

Ele perdeu as funções da mão depois de ser eletrocutado no trabalho. Hoje, consegue abrir rapidamente uma garrafa e até amarrar os sapatos, usando os mesmos sinais que utilizava para controlar sua mão real.

A experiência de Patrick ajudou Milo a decidir-se pela operação.

Mas remover partes vivas do corpo humano, mesmo que danificadas, levanta sérias questões éticas.

Bennet Foddy, especialista em ética médica da Universidade de Oxford, diz que é sempre difícil certificar-se de que o paciente sabe o que está fazendo e que não se arrependerá.

Para ele, na medida em que a tecnologia evolui, podemos ter mãos biônicas melhores do que as mãos naturais, e pessoas com mãos saudáveis querendo fazer substituições.

Mas o cirurgião que fará o implante diz que não tem problemas com a ideia de cortar a mão natural de Milo, já que a reconstrução biológica dos movimentos seria um processo longo e, possivelmente, ele ainda teria uma mão disfuncional no fim.

Folha

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