Ser avô é fenômeno 'recente' dos últimos 30 mil anos

Image634472677796659366A taxa de sobrevivência dos indivíduos era bem baixa em tempos antigos, e poucos viveram o suficiente para se tornarem avós. A longevidade, digamos assim, só surgiu nos últimos 30 mil anos da evolução humana.

Vale lembrar que, se as pessoas hoje prolongam suas vidas em decorrência da melhoria da qualidade de vida, ser avô no passado significava passar dos 30 anos.

E foi justamente esse perfil procurado pelos cientistas na análise de restos de 768 indivíduos de diferentes épocas --dos mais primitivos, como os australopithecines, aos neandertais e europeus modernos do Paleolítico Superior.

Publicado na revista "Scientific American" e de autoria da paleontóloga RAchel Caspari, da Universidade Central de Michigan (EUA), o estudo mostrou que apenas quatro entre dez neandertais adultos se tornaram avós de fato. Ou seja, viveram o suficiente para verem seus filhos gerando descendentes.

Entre o grupo de europeus modernos, esse índice melhorou. Havia 20 avós em potencial para cada dez adultos.

Os pesquisadores dizem que não sabem explicar por que os europeus modernos passaram a viver mais.

Eles afirmam, porém, que os mais velhos colaboraram significativamente com seu grupo de convívio.

Eles provavelmente transmitiram conhecimentos adquiridos pela experiência ou pela longevidade, ajudando os mais novos a identificar plantas venenosas ou a fabricar uma faca de pedra.

Folha

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