Meteorito causou as maiores ondas infrassônicas já registradas


Viena - As ondas infrassônicas do meteorito, que se fragmentou no ar sobre os Montes Urais na última sexta-feira na Rússia, foram as maiores registradas até agora pelo sistema de vigilância da Organização do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBTO), informou nesta segunda-feira a entidade.

A organização com sede em Viena conta com uma ampla rede de estações de medições sísmica, de acústica submarina, de infrassom e de radionuclídeos, ao redor do planeta para poder detectar uma explosão atômica em qualquer canto do mundo.

"A explosão foi detectada por 17 estações de infrassom da rede", afirmou o CTBTO em comunicado.

"Sabíamos que não era uma explosão fixa porque podemos ver a mudança de direção quando o meteorito se dirige ao planeta Terra. Não há uma única explosão", diz o cientista da organização Pierrick Mialle ao explicar como é possível distinguir este tipo de explosões de outras, como detonações de minas e erupções vulcânicas.

"Cientistas de todo o mundo usarão nos próximos meses e anos os dados da CTBTO para compreender melhor estes fenômenos e aprender mais sobre a altitude, a energia liberada e como o meteorito explodiu", acrescentou Mialle na nota.

A organização disse que a estação mais distante que registrou esse som com uma frequência menor que 10 Hz - abaixo do espectro audível do ouvido humano - se situa na Antártida, a 15 mil quilômetros do local.

Estima-se que a emissão de ondas de baixa frequência causadas pela explosão começou às 0h22 (horário de Brasília) do dia 15 de fevereiro de 2013.

Até esse momento, o maior evento de infrassom registrado pela rede da CTBTO foi a explosão de um asteroide na atmosfera sobre a Indonésia, em outubro de 2009.




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