Os representantes oficiais não ficaram satisfeitos com o retrato "irreal do país" exibido no thriller aventuresco sobre o resgate de americanos em Teerã, no fim dos anos 1970. A gota d'água foi nesta segunda-feira (11), quando críticos e membros dos setores culturais do governo iraniano se reuniram para assistir ao filme em um encontro chamado de "A Farsa de Hollywood".
Após a reunião, a mídia local revelou que o governo está em contato com a advogada francesa Isabelle Coutant-Peyre para definir uma estratégia de ataque legal contra "Argo". Os iranianos alegam que a produção é uma "propaganda pró-CIA e anti-Irã" e que "o longa é um ataque contra nossa nação e retrata iranianos como pessoas violentas."
Não é a primeira vez que o Irã bate de frente com Hollywood. Em 1991, o drama "Nunca Sem Minha Filha", sobre uma americana (Sally Field) em fuga do país com sua filha, irritou os representantes do governo por mostrar os iranianos como "sujos, cruéis, obcecados pelo Islã e misóginos." Em 2007, foi a vez de "300", de Zack Snyder, que usa os Persas como vilões e seria um insulto à antiga cultura do Irã.
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