São Paulo não atinge meta de redução de emissões


São Paulo - O município de São Paulo não conseguiu cumprir a meta de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) que assumiu. Sancionada em 1999, a lei 14.933 instituía que o nível de liberação de poluentes na cidade deveria diminuir 30%, entre 2003 e 2012. No entanto, documento apresentado nesta terça-feira (12) revelou que a promessa não vingou.

Divulgado pela própria Prefeitura, o Inventário Municipal de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa apontou que, além de não diminuir as emissões, a cidade de São Paulo aumentou a liberação de gases do efeito estufa no período. Em 2003, quando, teoricamente, o plano de redução deveria começar, as emissões somavam 15.738 gigagramas de gás carbônico equivalente. Em 2011, o número saltou para 16.430 gigagramas.

De acordo com o documento, o maior responsável pela liberação de GEE no município é o setor de energia. A área responde por 81,9% das emissões de poluentes em São Paulo, sendo que mais da metade desse número é proveniente da queima de combustível fóssil para transporte. Em segundo lugar, aparece o setor de resíduos, responsável por 15,6%.

Ricardo Teixeira, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, disse que o resultado "não era aquilo que se esperava", mas afirmou que, com os dados do inventário, "será mais fácil atacar os setores nevrálgicos e ter altos ganhos no resultado". O político ainda expressou a vontade de produzir o inventário de emissões anualmente - hoje, ele é feito a cada cinco anos - para ter um maior controle dos impactos que as políticas públicas estão tendo para a redução da liberação de GEE na capital paulista.






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