Para Wozniak, o iPad não tem concorrentes

 

Apple iPad

iPad: a Apple fechou 2010 com participação de quase 90% no mercado mundial de tablets

Na Campus Party, Steve Wozniak disse que vai demorar de um a dois anos para o iPad ter um concorrente à altura. Pesquisas indicam que ele pode estar certo – por enquanto.

Um estudo divulgado nesta semana pela IDC aponta que a Apple fechou 2010 com uma participação de 87% no mercado de tablets. Os números mostram que esse mercado cresce explosivamente. Em 2010, as vendas mundiais foram de 17 milhões de unidades. Neste ano, devem se aproximar de 45 milhões. Em 2012, diz a IDC, serão 71 milhões. Esse crescimento veloz já prejudica as vendas de netbooks. Quando comecei a escrever sobre esse assunto, há quase um ano, minha expectativa era que a liderança da Apple duraria pouco. Muitos outros tablets viriam e o iPad acabaria se diluindo na multidão. Mas o fato é que isso ainda não aconteceu.

Steve Wozniak, que fundou a Apple junto com Steve Jobs, abordou esse assunto neste último sábado, na Campus Party 2011. Para ele, ainda vai demorar um ou dois anos até aparecer um concorrente à altura do iPad. “Quando o Galaxy Tab começou a ser vendido, perguntei a algumas lojas como estavam as vendas. Disseram-me que elas estavam fracas. As pessoas viam que o Galaxy Tab e o iPad tinham preços parecidos. Então elas escolhiam o iPad, que é mais atraente por ter tela maior”, disse Woz na entrevista coletiva que deu aos jornalistas durante o evento.

Um ano atrás, vários concorrentes diziam estar prontos para enfrentar a turma da maçã. A HP, por exemplo, revelou que vinha desenvolvendo um produto similar ao iPad – o Slate – havia cinco anos. Seus executivos declararam que todos os ingredientes para criar um produto bem sucedido já estavam disponíveis. No lado do hardware, parece não haver mesmo falta de peças para a construção de um tablet. O Galaxy Tab, da Samsung, com recursos como TV e câmera, ausentes do iPad, é uma prova disso.

O item crítico parece ser o sistema operacional. O Galaxy Tab e outros tablets baseados no Android usam versões desse sistema que não foram feitas para telas maiores. Por isso, o tamanho da tela fica limitado a cerca de 7 polegadas (medidas na diagonal). Com o Windows 7 acontece o contrário. A Microsoft vem tentando convencer os fabricantes a produzir tablets com esse sistema. Mas ele parece pesado demais para isso. A opção de usar o Windows Phone é sempre lembrada. A Microsoft, no entanto, tem insistido em que esse não é o caminho a seguir. A HP ainda tem na manga o WebOS, adquirido junto com a Palm. Mas ele nunca chegou a decolar de verdade e não conta uma um número grande de aplicativos. Já o Chrome OS, a outra opção do Google, ainda não está pronto e certamente vai precisar de tempo para amadurecer. Considerando tudo isso, é possível que Woz esteja certo e o iPad continue dominando o mercado ao longo deste ano.

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