Uma notícia que entristece profundamente o meu coração.
Tudo que vem acontecendo no Egito desde os protestos iniciados em janeiro contra o ex-presidente Hosni Mubarak tem trazido consequências irreparáveis tanto à egiptologia quanto ao patrimônio histórico não apenas egípcio, mas de toda a humanidade.
Hawass sempre foi polêmico. Um ‘divisor’ de águas dentro da Egiptologia. Alguns o consideram um ‘showman’, um ‘marqueteiro’ mais interessado em auto promoção do que na preservação das antiguidades. Outros ‘ousam’ compará-lo a Auguste Mariette fundador do Serviço de Antiguidades e do Museu Egípcio do Cairo.
Pessoalmente, admiro Hawass. Apesar de seus erros. Zahi foi corajoso, irredutível e obstinado [para não dizer, teimoso] mas sua paixão por seu trabalho [elogiada por todos] é comovente e inspiradora. Seus projetos eram [e são] faraônicos de fato, mas absolutamente necessários. Zahi deixaria o CSA de qualquer maneira. No Egito todos se aposentam aos 60 anos mas as circunstâncias que o levaram a fazê-lo, são, no mínimo, lamentáveis.
Cabe à história ‘julgá-lo’. Não à nós.
À mim, fica a tristeza, a incerteza e uma sensação de ‘vazio’. A egiptologia perde um pouco da sua ‘alegria’. A mídia perde o seu Indiana Jones.
Sábias palavras as de Barry Kemp, diretor do Projeto Amarna: "In the atmosphere of uncertainty, the wolves have come out."
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